O que eu ouvia na adolescência – Ginásio (2003-2006)

Mais uma vez eu escrevo aqui inspirada pela querida Lari, do Yellow Ever Shine, que recentemente publicou sobre músicas que ela costumava ouvir na adolescência. Diferentemente dela, contudo, eu ainda escuto com a mesma empolgação pelo menos uns 90% do que irei mostrar aqui. E como é muita coisa que eu acredito que vale ser citada, vou dividir esse tema em três posts, de acordo com a fase escolar que eu estava vivendo: Ginásio (2003-2006); Ensino Médio (2007-2009); Faculdade (2010-2013). E hoje, como gosto de seguir a ordem temporal da coisa, eis a playlist do que ouvi entre os 11 e os 14 anos (link para o Spotify).

2003 foi meu primeiro ano de ginásio e ano em que comecei a assistir MTV. E foi ouvindo “Complicated”, da Avril Lavigne, que eu me interessei em começar a aprender inglês a sério, e, obviamente, outros singles do Let Go, primeiro álbum da canadense, tiveram grande importância nisso, como “Ske8er boi” e “I’m With You”. E lá estava eu com a TV sintonizada na MTV quando estreou o vídeo do último single do álbum Britney, “Anticipating”, que nada mais era que o fragmento do Live In Las Vegas, da Dream Within a Dream Tour, em que ela dublava e dançava a canção. Confesso que muito do que me atraiu no vídeo foram o figurino e o cenário coloridos do show hehe Já o clipe de Dirrty, primeiro single do álbum Stripped de Christina Aguilera, era aquele clipe meio “proibido” – era extremamente sexual e eu morria de vergonha de assisti-lo na frente da minha mãe, embora já naquela época eu gostasse bastante da música. Aliás, Stripped, lançado em 2002, meu álbum favorito até hoje, e também até hoje acompanho de perto as carreiras de Avril Lavigne, Britney Spears e Christina Aguilera e ainda escuto muito todos os seus álbuns.

Ainda no universo pop, a parceria de Britney e Madonna em Me Against the Music, carro-chefe do álbum “In The Zone”, de Britney; bem como as faixas Toxic e Everytime, os seguintes singles do mesmo álbum, estiveram entre as músicas que mais me marcaram no período. Hollywood, Madonna; More to Life, Stacie Orrico; Here It Comes Again, Melanie C; All the Things She Said, t.A.T.u.. Na época eu destestava Clocks, do Coldplay, mas hoje aprecio a música. Era 2005 quando comprei o meu primeiro CD, o “My Prerogative: Greatest Hits”, da Britney Spears, no qual não só conheci as excelentes My Prerogative (releitura da música de Bobby Brown) e Do Somethin’ (inédita), com também me apaixonei por um antigo sucesso de Britney que até eu desconhecia, Born to Make You Happy. Obviamente, o álbum também me fez ouvir repetidamente …Baby One More Time, Sometimes e I’m Not a Girl Not Yet a Woman.  Ainda em 2005 vi o retorno dos Backstreet Boys com a maravilhosa Incomplete, mas eu ainda ouvia frequentemente Shape of My Heart. No meu aniversário de 14 anos, em 2006, ganhei da minha mãe o álbum “Under My Skin”, de Avril Lavigne, e, certamente, My Happy Ending e Nobody’s Home foram as músicas que mais escutei naquele ano. Foi nesse ano também que Sorry foi o segundo single do aclamado “Confessions on a Dance Floor”, sem dúvidas um dos meus favoritos de Madonna. E por falar em Madonna, escutei demais o cover da Kelly Osbourne para Papa Don’t Preach.

Músicas mais sentimentais começavam a me despertar a atenção naquela época e Could It Be Any Harder, do The Calling, e Through the Rain, da Mariah Carey, foram apenas as primeiras delas. Aliás, já até escrevi crônica inspirada pela primeira. Outras músicas do tipo que me marcaram muito esse período da vida foram My Immortal (Evanescence), The Voice Within (Christina Aguilera), Who Knew? (P!nk), Wake Me Up When September Ends (Green Day), Because of You (Kelly Clarkson). Sim, eu chorei muito com todas essas músicas e ocasionalmente ainda me comovo fortemente ao escutá-las, sobretudo Because of You e Could It Be Any Harder. Hurt, do álbum “Back to Basics” (2006) da Christina Aguilera, em especial, mexe comigo tanto pela combinação letra e melodia como pelo videoclipe em estilo circo antigo (anos 40) que tem um palhaço meio sinistro no meio. Junto com The Voice Within, sem dúvidas, é minha ballad favorita da Aguilera.

Nunca fui uma grande fã de R&B, mas naquela época o estilo vivia um de seus auges, com Beyoncé iniciando a carreira solo, Black Eyed Peas alcançando o estrelato e Pussycat Dolls e Rihanna surgindo no cenário musical. Crazy in Love, Naughty Girl e Deja Vu, da Beyoncé, estão entre minhas músicas favoritas da cantora até hoje e, inclusive, considero seus dois primeiros álbuns, “Dangerously in Love” (2003) e “B’Day” (2006), os melhores de sua carreira e muitíssimo superiores aos dois últimos que, embora aclamados pela crítica, são para mim mera propaganda ideológica, o que eu abomino em música. Quem não se lembra também de Dillema, a parceria entre o rapper Nelly e a cantora Kelly Rowland que tocou horrores naquela época? Por falar em rapper, uma música que eu detestava na época e hoje amo é Cleanin’ out My Closet, de Eminem – mas isso é uma exceção, em geral, sigo não apreciando esse estilo musical. Jenny from the Block, da Jennifer Lopez; SOS, da Rihanna; It’s Like That, da Mariah Carey e Buttons, das Pussycat Dolls foram outras das músicas desse estilo que serviram como trilha sonora do comecinho da minha adolescência.

Nunca fui emo, mas a estética emo de 2005 contagiou o cenário musical e eu não escapo de ter gostado de várias das músicas com que o ditos emos se identificavam. Perfect, Simple Plan; Helena, My Chemichal Romance; I Write Sin Not Tragedies, Panic! At the Disco; Holiday, Green Day. Aliás, foi a vibe emo que me despertou a atenção para ritmos mais pesados como os de Somewhere I Belong e Numb, Linkin Park; Máscara, Pitty; Bring Me to Life, Going Under, Sweet Sacrifice e Call Me When Your Sober, Evanescence. O rock mais pop do Bon Jovi me cativou nessa época com a bem-humorada Missunderstood, bem como a psicodélica The Zephyr Song foi a canção que oficialmente me apresentou ao Red Hot Chilli Peppers. E esse parágrafo não estaria completo sem a honrosa menção a “Fighter”, a música mais rock já gravada por Christina Aguilera.

Para encerrar esse primeiro capítulo, embora eu me identificasse muito com “A Quien Le Importa”, lançada em 2003 pela Thalía, foi em 2005 que me lado latino aflorou de vez. Foi o ano em que Shakira lançou a belíssima No; o RBD surgiu na novela Rebelde (e eu ainda escuto meus cds do RBD, podem rir, sobretudo o último, de 2008) com canções como Sólo Quédate en Silencio e Énseñame; a dupla Lu fez sucesso ao ter Por Besarte na trilha sonora de Rebelde e eu assisti “La Madrastra”, cujo tema principal era Víveme, da Laura Pausini. Já em 2006 eu assisti “Heridas de Amor” e sua música tema homônima, de Ricardo Montaner, é ainda uma das que mais me inspira a escrever.

Para quem não conhece as músicas e ficou curioso ou para quem quer relembrar aquela época, montei a playlist “Ginásio (2003-2006)”  no Spotify com quase todas as músicas que citei (as do RBD não constam na plataforma), já que colocar todos os videos aqui deixaria o post ainda mais longo do que ele já é.

Thais Gualberto

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6 thoughts on “O que eu ouvia na adolescência – Ginásio (2003-2006)

  1. Bianca Carvalho says:

    Que post completo, nostálgico e maravilhoso! <3
    Ouvi quase tudo isso aí também (exceto RBD), e algumas ainda estão na minha playlist até hoje!
    Mudando de assunto, você já viu a teoria de que a Avril morreu e colocaram a sósia no lugar? Gente, eu amo essas teorias. askjdhaskjh

  2. Danielle S. says:

    Thais, estou APAIXONADA POR ESSE POST! Ouvia a maioria das coisas que você também! Como vivemos o ginásio na mesma época (2003 – 2006), acredito que isso tenha influenciado um pouco 🙂 Quero ouvir sua playlist em um looping eterno, hahaha! Ainda ouço grande parte das músicas também. A única diferença entre a gente é que em 2005 eu passei a ouvir McFLY também, e essa se tornou a minha banda favorita de adolescente, aquele que eu era apaixonada pelo cantor e imaginava vidas onde ele se apaixonaria por mim tb HAHAHA

    Beijo! ♥

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