Resenha: 25

Mais uma resenha de CD, pois sim, em tempos de Spotify, eu coleciono CDs! Desta vez trago o que pessoalmente considero o disco do ano, sendo de fato o disco do ano, uma vez que superou o volume de vendas de Britney Spears e ‘Nsync no ano 2000, quando CDs ainda vendiam bastante. Falo de “25“, o aguardadíssimo terceiro álbum da gloriosa Adele!

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Começando pela arte do disco, gostei muito da capa, que traz a diva em um close up em tons de sépia com um perfeito delineado nos olhos. Aliás, a maior parte das fotos do encarte são em tons de sépia, tal como o excelente primeiro single, “Hello”, lançado há poucos meses. Infelizmente o encarte, tal como o do também excelente “21”, não contém as letras das músicas e isso me deixa bastante triste… hehe O CD em si é bege e traz o título escrito em vermelho, em uma textura que lembra escrita com batom ou giz de cera, o que achei bem legal e também remete um pouco à arte do “21”, que é verde limão com o título em escrita de giz de quadro.

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Cabe lembrar que assim como o “Simili”, de Laura Pausini, o “25” também é o primeiro álbum pós-maternidade da cantora britânica. Eis minha análise faixa-a-faixa.

Hello: “Hello, it’s me”… Poderia começar mais impactante a nova era? Já nas primeiras notas, Adele arrepia, emociona e arrebata com sua poderosa voz e os sentimentos que tão bem transmite em cada canção. E ainda nos remete a excelente canção homônima de Lionel Richie, por que não? Deixo aqui o vídeo da música em sua versão com arranjo com instrumentos de brinquedo, apresentada no The Tonight Show with Jimmy Fallon, pois nessa versão Adele demonstra (uma vez mais) toda sua potência e habilidade, cantando sentada!

Send My Love (To Your Knew Lover): Faixa mais animada e diferente do álbum, SML foi composta pela própria Adele em parceria com os geniais Max Martin e Shellback. É uma faixa bem-humorada em que a cantora discorre sobre um relacionamento mal sucedido. É a faixa que menos gosto do álbum e, ainda assim, considero excelente.

I Miss You: Uma introdução intensa e envolvente para uma música passional, provavelmente uma das mais sensuais de toda a obra de Adele e extremamente elegante.

When We Were Young: Segunda faixa promocional de Adele. Nostálgica, comovente e extremamente apaixonada. Lembro-me de ter os olhos marejados na primeira vez que a escutei; a lembrança de um amor que por uma das partes mas pela outra continua vívido. Como não amar?

Remedy: Mais uma canção carregada de sentimentos na letra, na melodia e na performance de Adele. Uma deliciosa balada voz e piano; uma promessa de parceria, de amor incodicional.

Water Under the Bridge: Uma batida mais sofisticada em uma agradável introdução. WUTB é outra das surpresas desse álbum no que diz respeito às melodias entoadas por dona Adele.  E eu adoro! E adoraria ainda mais se se tornasse single, pois é excelente.

River Lea: Outra canção com um arranjo incrível, mais uma mostra do grande talento de Adele. A melodia, uma das melhores do álbum, me remete à “I Miss You”, de Beyoncé (“4”, 2011).

Love in the Dark: Uma introdução épica que de longe me lembra o tema de Downton Abbey. É a música com mais cara de orquestra, com um arranjo que em boa parte da música combina piano e violino. Considero como sendo a música mais parecida com os trabalhos anteriores de Adele.

Million Years Ago: Minha favorita do álbum! <3 não consigo escutá-la sem sentir meus olhos marejarem; de longe a canção mais visceral do álbum e, certamente é bastante pessoal. A melodia me lembra alguma música que eu já conhecia, mas infelizmente não lembro qual. Adele inclusive foi acusada de plágio nessa música por usuários de redes sociais na Turquia, que afirmam que a cantora se inspirou em “Acilara Tutunmak”, do cantor curdo Ahmet Kaya. Eu, particularmente não noto grande semelhança, e olhem que eu sou ótima percebendo o quanto duas músicas se parece. Plágio ou não, a música é maravilhosa.

All I Ask: Mais uma profunda balada voz e piano, mais uma súplica apaixonada. E eu amo! As notas entre o refrão e a terceira estrofe me lembram “Faithfully”, do Journey. Sem dúvida uma das minhas favoritas do álbum.

Sweetest Devotion: Faixa dedicada ao pequeno Angelo, filho da cantora com Simon Konecki. Uma excelente faixa, mas sem dúvida figura entre as mais tímidas do CD, não se destacando entre as muitas magistrais que compõem o tracklist de “25”

Bonus Tracks:

A versão deluxe do álbum infelizmente não está disponível no Brasil (imagino que por se tratar de uma versão exclusiva da Target), mas é óbvio que busquei as faixas bônus e as comentarei aqui…

Can’t Let Go: Música mais melancólica do álbum, em minha opinião. Uma bela e delicada melodia ao piano e a incrível voz de Adele uma vez mais revelando-se como a melhor parceria possível.

Lay Me Down: Tão sensual como a excelente “I Miss You”. Um convite, uma intimação ao amar, um amor veemente; uma sutileza atrevida. Melhor faixa bônus do álbum.

Why Do You Love Me?: Introdução em voz off e o que parece o som de latas. Animada, mas pouco impactante, não chega aos pés das outras duas faixas exclusivas do álbum comercializado na Target. O coro ao fundo remete à música gospel americana.

Algo que amei no álbum foi a vibe unplugged, para a qual o vigor de Adele é perfeito. A maioria das música traz arranjos simples, voz e piano ou voz e violão. Também gostei da aposta em canções mais positivas, sendo inclusive as baladas bem menos sombrias que as dos álbuns anteriores. Vale lembrar que, mais uma vez, Adele assina como compositora em todas as faixas do trabalho e as faixas bônus não deixam a desejar.

Favoritas: Million Years Ago, When We Were Young, Water Under the Bridge, All I Ask

Enche Linguiça: Love in the Dark, Send My Love (To Your New Lover)

Nota: 10/10 porque Adele é INCRÍVEL!

Infelizmente o álbum está indisponível no Spotify :/

Thaís Gualberto

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14 thoughts on “Resenha: 25

  1. camilazaions says:

    Aii, essa mulher é incrível mesmo! Amo as músicas dela! Quero muito ouvir esse álbum, o cd me chamou muita a atenção por ser simples e lindo ao mesmo tempo! Amei, Thaís! Beeijãoo <3

  2. Lari Reis says:

    O bom de colecionar CDs em tempos de Spotify é não depender da liberação do artista para ouvir o material, né?! Acho que Adele não se renderá tão cedo ao streaming tradicional.

    Quando vi que você fez uma análise faixa a faixa, corri para ler sobre Million Years Ago. Que música maravilhosa! Melancolicamente linda <3

    Quando escrevi sobre "Tudo o que você precisa saber sobre o novo álbum da Adele", ainda antes do lançamento, vi que algumas pessoas não tinham gostado de Hello. Outras, voltaram para dizer que mudaram de ideia. Por mais forte e chiclete que a música chega, Hello é – literalmente – só a abertura de um álbum muito bom! 🙂

  3. Bianca Carvalho says:

    Adoro seus posts sobre música. Sério, admiro essa visão analítica que você tem. Se eu fosse falar das músicas todas seria algo tipo “eu amo essa” ou “essa mexe comigo, não sei porque”. Patético. akjsdhaksjdhaksjdh
    A Adele é foda mesmo. Que voz!
    Eu nunca compro cd, mas acho tão legal quem compra! Não é só uma questão de gostar, mas também de apoiar o trabalho do músico né. É lindo, parabéns! 🙂

  4. Beatriz Aguiar says:

    Essa mulher é um poder, tem uma cara sessentista que eu adoro. O Jimmy Fallon é um retardado, adoro o programa dele! HAUHAHUUHAHUAHU! Ele sempre leva tanta gente interessante, principalmente do Rock. <3
    Que voz é essa, parça. Sacanagi. Por isso que ela tem a minha idade e tá milionária.
    HAHAHAHAHH
    Adorei o post, super completo para os fãs!
    Um beijo!

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