Nikki tem 17 anos; Alex, 37. Com o noivado recentemente terminado por sua noiva e sem um motivo concreto, Alex também se encontrava severamente no trabalho, onde sua carreira como publicitário parecia em risco. Eis que um acidente faz com que se cruzem os caminhos da estudante e do publicitário e não demora até que um sentimento distinto e, dada a diferença de idade entre eles, incômodo, floresça. Serão eles capazes de levar adiante o que surgiu como uma mera faísca e ainda enfrenta a oposição de amigos e familiares de ambos? É a desvendar isso que se presta a narrativa “Desculpa se te chamo de amor“, do italiano Federico Moccia!
Editora: Planeta
Páginas: 424
Onde encontrar: Saraiva
Originalmente nomeado “Scusa Mai Ti Chiamo Amore”, o romance tem uma dinâmica de escrita que considero um tanto quanto distinta da qual em geral estamos acostumados a encontrar nos romances americanos e britânicos, mas ainda assim envolvente à medida que avançamos as páginas. Risos, emoção, comoção, medo, surpresas; todos elementos bastante explorados por Moccia em sua musical e poética escrita em prosa. Ah, existe ainda o filme baseado na história e a sequência desta, intitulada “Desculpa, Quero Me Casar Contigo”, que não li, mas também conta com um filme.
A riqueza de detalhes nas descrições e a beleza das metáforas utilizadas por Federico Moccia, sobretudo nas cenas mais intensamente românticas, que embora muitas vezes explícitas, são muito mais eróticas que pornográficas. Além disso, agrada-me a sutiliza com a qual é abordado o amor entre pessoas de idades tão discrepantes, pois mesmo para quem não tem fé nesse tipo de amor, é impossível não torcer por Alessandro e Nikki. Destaque para o personagem Andrea Soldini, que se revela importante e interessante. Cabe lembrar também as excelentes citações musicais, pois são poucos os livros que fazem menções tão explicitas a cantores, discos, canções… Gosto muito desse recurso, que é quase como dar uma trilha sonora à história… E fiquei muito feliz quando foi citada “Gli Ostaccoli del Cuore”, da cantora Elisa, que eu já conhecia antes da leitura, e também quando mencionaram as canções de Laura Pausini, que eu amo.
O excesso de personagens pouco explorados ao longo do romance, mas que possuem uma história própria, como Mauro e Paola, e que pouquíssimo tem a ver com a história. Isso confunde o leitor, tal como a introdução de pensamentos/falas dos personagens nos trechos do narrador sem qualquer alteração na formatação, como o uso do itálico, por exemplo. Também tenho a impressão de que a tradução não favoreceu o texto.
Li esse livro em 2011, mesmo ano em que publiquei sua resenha em meu primeiro blog e hoje eu a revivo por aqui… Continuo sem ter lido a continuação ou mesmo assistido os filmes, mas confesso que sou MUITO relapsa quanto a filmes hahaha Vocês já leram, viram os filmes? Digam nos comentários!
Thaís Gualberto
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Economista & Escritora. Apaixonada por ficção, música, política e coisas fofas. Aqui vocês terão resenhas e, principalmente, textos ficcionais escritos por esta que vos “fala”.
Assisti o primeiro filme e não fazia ideia da existência do livro… que coisa gostosa. Pela sua resenha já me sinto na necessidade de comprar ele para mim!!
Beijos
Bruna, a história no livro é uma graça e sou doida por ler a continuação, mas estou à espera de uma promoção, pois é um livro bem caro aqui no Brasil. Espero que possa comprá-lo e lê-lo logo 🙂
Também acabei de ver a respeito do preço… acho que vou te acompanhar na espera Thaís hahahaha
Nunca li ou vi o filme. O que mais me chamou a atenção, como você já deve ter imaginado, é o fato de haver referências musicais na obra. No vasto universo literário, onde opções não faltam para entrar em nossas listas de leitura, algo assim pode ser um diferencial para mim, hehe
Sabe o que é mais engraçado de tudo? É que eu li o livro inteiro com uma música no pensamento que não é citada ao longo da história: Questo Piccolo Grande Amore, do Claudio Baglioni hehe
HAHA, que ótimo! Quando eu li Carta de Amor Aos Mortos, que também é cheio de referências, passava de música pra música e quase montei uma playlist (um bocado confusa) na minha mente, rs.