Almost Here

almost hereIsso poderia ser apenas mais um sentimento, mais um dia, mais uma sensação. Não. Isso é você. Frio. Distante. Ausente. E cada vez mais. Já não me ama? Já nem ao menos me deseja? Nunca terá me amado? Nem ao menos apreciado de verdade a minha companhia? Não me deixe sem uma resposta, não adie mais o tormento. O silêncio dói, a omissão enlouquece, a ausência mata. Pois ainda que esteja comigo, te sinto longe… Tem de haver uma resposta!

Você era minha vida! Aquele alguém com quem sonhei desde a juventude, aquele alguém com quem planejei uma família, aquele alguém ao lado de quem sonhei envelhecer… Aquele alguém a princípio inalcançável… Você me encheu de esperanças, planos e ilusões… Mas eram apenas ilusões. Nada mais… Você nunca está por completo, você nunca se entrega por completo. Por quê? Impede-lhe o passado ou sou eu o problema? Uma combinação de ambos? Eu sempre pensei que me amava… Que ao menos sinceramente gostava de mim… Suas atitudes me ferem. Muito.

Estou confusa… Porque eu ainda te amo, mas tê-lo apenas em partes não é suficiente. Nunca foi, jamais será. Abrace-me, proteja-me… Diga-me a verdade, não me permita continuar nessa fantasia… Eu preciso de você! O quanto eu me dediquei a nós, o quanto eu perseverei por você… Nada disso importa? Eu fiz todo o possível, mas já não posso continuar… Onde está a consideração mínima que deveria ter por mim, a quem uma vez disse amar? Por que não é sincero e para de adiar o inevitável fim?

O que é que nos afasta? Por que permite que eu me sinta tão insegura em vez de me dizer o que há? Quero entender o que mudou, quero estar errada sobre nós… Não quero te perder, mas tudo o que ecoa em minha mente me perturba e aponta para tudo o que menos quero. Por favor, já não me mantenha nessa incerteza, nessa agonia! Liberte-me para me sentir triste, porém diante um fim claro e concreto… Já não sei o que fazer… Me diga, por favor, a verdade, meu amor…

Você é tudo o que quero e sempre quis, mas não dessa maneira… Desejo-o por completo, não apenas um vislumbre de homem; um corpo presente e uma alma distante. O amor não deve ser egoísta, eu desejo mais que tudo a sua felicidade e é por isso que lhe imploro que já não siga em silêncio. Não posso manter o que não me pertence. Não posso passar a vida a lamentar o que não foi e nunca poderá ser. Não basta um só amar… O passado que lhe prende me encarcera nessa relação disfuncional em que as únicas constantes são meu empenho e seu sepulcral silêncio. O passado que lhe impede de estar presente, de viver o presente, de olhar para frente.

Isso poderia ser apenas mais um sentimento, mais um dia, mais uma sensação. Não. Isso é você. Frio. Distante. Ausente. E cada vez mais. Já não me ama? Já nem ao menos me deseja? Nunca terá me amado? Nem ao menos apreciado de verdade a minha companhia? Não me deixe sem uma resposta, não adie mais o tormento. O silêncio dói, a omissão enlouquece, a ausência mata. Pois ainda que esteja comigo, te sinto longe… E eu sei a resposta… Eu sempre soube. Eu sempre me neguei a aceitar a resposta.

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