Fazia quatro anos que eu ansiosamente esperava pelo sétimo volume da minha série favorita de comédia: a única, incomparável, tresloucada, exagerada, diva e consumista Rebecca Bloomwood, ou simplesmente Becky Bloom para os íntimos, a consumista favorita de 10 entre 10 leitoras assíduas de comédias voltadas para o público feminino. Eis que enfim, o livro chegou e eu terminei a leitura!
Criada por Sophie Kinsella (leiam também os livros dela fora da série Becky Bloom, pois são excelentes!), a série narra as desventuras e desvarios em compras (e muitas dívidas) de Becky, uma consumista compulsiva capaz de comprar três pares idênticos de sapatos, congelar o cartão de crédito para resistir a usá-lo e esconder faturas sob o colchão e garanto: a narrativa é excelente para nos distrairmos dos problemas cotidianos e rirmos, rirmos muito das trapalhadas de dona Becky. Muitos conhecem apenas o filme estrelado por Isla Fisher, “Delírios de Consumo de Becky Bloom”, mas este é apenas a “ponta do iceberg” dessa divertidíssima série, pois foi baseado nos dois primeiros livros apenas (e o terceiro e o quinto, em especial, dariam filmes ainda mais divertidos que os dois primeiros, asseguro!).
Mas chega de enrolação e vamos ao volume 7 que este é o que importa no momento! Ao terminar de ler o sexto volume, “Mini Becky Bloom: Tal Mãe, Tal Filha”, eu criei uma enorme expectativa, pois ficou super evidente que sim, Becky voltaria! Eu só não esperava que a tia Sophie fosse demorar 3 longos anos para nos presentear com o desembarque de Becky na terra das estrelas… 4, se contarmos que fiquei esperando que a Editora record publicasse a versão brasileira, já que todos os meus livros são da edição brasileira e eu quero minha coleção por igual, digamos assim…
Tudo começa quando Becky se muda com a filha (Minnie) e o marido (Luke) para Los Angeles, devido à nova empreitada dele, como relações públicas da famosa atriz Sage Seymour. E claro, não demora para que Becky se deixe levar pela aura VIP do lugar e começa a se ver como possível produtora de moda da badalada (e conturbada) celebridade, porque é óbvio que nossa heroína se vislumbra divando em um tapete vermelho. O que Becky não esperava era reencontrar a antiga rival, a famigerada Alicia “Vaca Pernalta” Billington e, ainda pior, como a mãe mais popular na pré-escola em que Minnie estava matriculada. Para a sorte de Becky (ou azar, não sei haha), não demora a que Suze, sua melhor amiga, chegue em LA com o marido, o exótico Tarkie, e os três filhos.
Entre figurações, pilantras, celebridades histéricas e falsas, clínicas de reabilitação, papparazzi, seguranças particulares, brigas e muitas lágrimas, a empolgação com aquele novo mundo que se apresentava repleto de novas possibilidades acaba por levar Becky a se afastar daquilo que ela mais ama: a família e os amigos. E isso é algo que eu confesso não ter gostado no livro. Becky sempre foi deslumbrada, meio biruta e distraída, mas dar as costas a quem ela ama por causa de gente que ela acabou de conhecer não condiz em nada com a personagem, que sempre teve um coração do tamanho do mundo. E, pela primeira vez, eu chorei em alguns trechos da trama… Sim, pois houve algumas discussões de partir o coração…
E, para falar a verdade, a maior parte do livro me decepcionou bastante, visto que eu tinha expectativas bastante elevadas a respeito dele. Muita enrolação, muitas voltas em torno do mesmo fato e pouca ação propriamente dita, poucas confusões cômicas como sempre aconteciam nas histórias de Becky… E menos ainda da Becky divertida e consumista que todos amamos, pois é o livro que ela menos compra em toda a série, embora ela esteja em um lugar tão propenso ao consumo compulsivo como Los Angeles.
Felizmente, a história ganha ritmo a partir das últimas 150 páginas com a chegada de duas personagens bastante conhecidas: Elinor Shermann, a plastificada e milionária mãe biológica de Luke, quem parece disposta a fazer parte da vida da neta, e Graham Bloomwood, pai de Becky, que acaba por se envolver em uma confusão realmente grande (e louca) junto de Tarkie que sim, será o ponto central do oitavo volume da série. Assim, o final do volume sete foi realmente muito bom, pois tudo indica que no próximo volume teremos a boa e velha Becky junto com família e amigos (e rivais históricos) atravessando os Estados Unidos para, em uma luta contra o tempo, encontrar Tarkie e Graham antes que eles bebam demais e cometam alguma loucura épica, o que, certamente, acontecerá.
Infelizmente, eu não pude ir à Bienal do Livro do Rio de Janeiro para que a autora autografasse meu exemplar do livro, tampouco pude comprar a edição deluxe com capa dourada, pois salário de trainee e em época de crise não dá para tamanha ostentação, certo? haha Apesar dos pesares e de nem de longe ser meu volume favorito, acredito que é uma boa história, pois dá para se divertir bastante (sobretudo com Becky falando sobre e com a sogra) e cumpre bem a função de introduzir-nos a próxima aventura da consumista mais querida ever.
8/10 e fiquem com um profundo pensamento de Becky sobre Elinor Shermann:
“Eu adoraria ver a Elinor felizinha. Ela talvez acabasse sorrindo direito para variar. Mas me ocorre que ela provavelmente desmoronaria. Pó branco cairia dos cantos dos lábios e de repente o rosto dela se desintegraria em pó de gesso e em qualquer outra coisa que tenham usado para restaurá-la”.
Thaís Gualberto
0
Economista & Escritora. Apaixonada por ficção, música, política e coisas fofas. Aqui vocês terão resenhas e, principalmente, textos ficcionais escritos por esta que vos “fala”.
Ué, eu não comentei? aksjhkajshdj Jurava que tinha comentado aqui.
ENFIM.
Meu, que pena que o livro não é TÃO incrível quanto os outros. Acho que minhas expectativas estavam altas demais. Mas depois de um tempo escrevendo sobre a mesma história, se o autor não tem um começo/meio/fim pra saga, fica meio perdido mesmo né.
A Sophie veio pra SP, num shopping por aqui, autografar também. Mas eu estava trabalhando, não deu pra ir. Um dia quem sabe eu não consiga conhecer ela finalmente. <3
Resenha incrível, como sempre. 🙂
Beijo
Não, você não comentou e eu ia até te cobrar a respeito disso! hahaha Diga-me, você já leu? Se não, espero não ter dado nenhum spoiler…
Concordo plenamente. Por isso mesmo acredito na minha teoria: esse livro só serviu no final das contas para introduzir o próximo…
Não fica brava com esse comentário, mas eu não fazia ideia de que Becky Bloom era uma série! Só vi o filme e achava que era um livro só e pronto e acabou :O
Adorei saber mais, porém!
Beijos
Que isso! Nadinha brava, Lari! Quase todo mundo com quem falo fica meio :O ao descobrir que Becky Bloom é uma série 😉
Bjs
Por falar nisso, outra coisa que me deixou chocada algum tempo atrás foi descobrir que Isla Fischer e Amy Adams não são a mesma pessoa! HAHA 🙂
Haha sério? Nunca tinha percebido que elas se pareciam, mas de fato se parecem haha
Assisti o filme semana passada e o nome em alemão do título nem me fez pensar que fosse essa história… Para falar a verdade nem sabia dos livros, mas vou ver se encontro eles para ler, gostei da ideia de conhecer mais ainda sobre a Becky 😀
Beijos.
Os livros da série são fantásticos! Se você gosta de ler uma boa comédia, não terá arrependimentos 😀