* playlist ao fim do texto
Ela já foi minha. E como fui estúpido por ceder a chantagens, acreditar em quem eu não deveria. E tudo por medo, tudo por uma maldita semelhança física a me tentar a qual fui incapaz de resistir. Eu a perdi e como me dói tê-la perdido. Um dia ela foi minha, um distante dia, porém de plena alegria e realização, pois era a ela que eu verdadeiramente amava.
Ela já foi minha. Pertencemo-nos em cálidas noites de verão, entre animadas conversas sobre o presente e esperançosos planos para o futuro. Sobre a vicejante relva a tocar nossos corpos, amamo-nos algumas vezes. E como foi intenso, maravilho e inesquecível! Éramos ambos tão jovens quando você foi minha, tão inocentes, tão sonhadores, tão ignorantes quanto ao que nos reservava o futuro.
Você foi o que de melhor aconteceu em minha vida, mas duvido que seja verdadeira a recíproca. Infelizmente. Como queria que fosse com você que eu me deparasse ao abrir os olhos a cada manhã, como queria que fosse a sua pele a resvalar a minha todas as noites. Eu, contudo, sucumbi. E te perdi. Que preço alto a se pagar por um erro tão estúpido, meu Deus!
E agora aqui estou, outra vez, diante você, porém, impotente. Você encontrou em outro um novo amor; eu, vivo dia após dia, com a dor. A dor de já não tê-la junto de mim, a frustração por ter a outra como esposa e mãe das filhas que deveriam ser nossas. Tanto dói que queima pensar em você, imaginar como poderia ter sido, senti-la em minhas veias cada vez que fecho os olhos e sua imagem retorna ao meu pensamento. Que Deus me perdoe pelo meu erro, pela minha estupidez, pois eu jamais poderei me perdoar por você, por minha culpa, já não ser minha.
Thaís Gualberto
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Economista & Escritora. Apaixonada por ficção, música, política e coisas fofas. Aqui vocês terão resenhas e, principalmente, textos ficcionais escritos por esta que vos “fala”.
Questo piccolo grande amore… Che bella!
Começo a reparar que algumas de suas personagens vivem muito em culpa. Interessante… Não sou muito boa em estabelecer paralelos e ligações e às vezes fico curiosa aqui, tentando descobrir se há e quais seriam as relações entre uma história e outra.
Lari, a maioria das crônicas está inspirada pelos dilemas das personagens de uma duas histórias que escrevo. Sendo assim, algumas crônicas estão relacionadas e outras não. could it be any harder, Wild Heart e Queen of Rain referem-se a uma mesma personagem. Já Save Me, You’re My Clarity, Time for Miracles e Oh Mother referem-se a diferentes personagens da outra história que escrevo. Fuiste Mia traz um dos personagens de Lonely Night, que pertence a mesma história que Could It Be Any Harder 🙂
Acho bem bacana como você consegue construir histórias diferentes, personagens… Um talento mesmo!
Vou lembrar dessa sua explicação e tentar prestar mais atenção, hehe.
Beijooo
Nossa, gente. Tenho um problema com personagens que vivem mergulhados em culpa. Não tenho dó, é agonia mesmo. As pessoas deviam ser capazes de superar as escolhas erradas que fazem. 🙁
Embora seja um personagem criado por mi, concordo plenamente com você, Bianca! HAHAHA Não é à toa que esse cara tem o apelido de Sr. Banana entre eu e minhas amigas que conhecem um pouco mais a história :p
Olha, amigo, se ela foi embora, a culpa e sua e não adianta ficar com esse ~mimimi! Hahahaha Aceita e segue sua vida, amigo!
(me achei meio doida por falar com um personagem, mas acho que você vai me entender hahaha ♥)
Beijo! ♥
Entendo perfeitamente, Danielle! Haha Estou acostumada a conversar com meus personagens hehehe E concordo com você! Beijos!!