Resenha: “Aggretsuko” – Terceira Temporada

Aggretsuko

Estreou na última quinta-feira, 27/08, na Netflix a terceira temporada de um dos meus animes favoritos, Aggretsuko.

Criada pela Sanrio, que é a companhia responsável por personagens mundialmente queridos como Hello Kitty, Keroppi e My Melody, “Aggretsuko” narra a vida de Retsuko, uma jovem panda vermelha, solteira, que trabalha que trabalha no departamento de contabilidade de uma trading japonesa. Carga de trabalho extenuante, chefes abusivos, fracassos românticos, transporte público entupido e falta de perspectiva. Ao fim dos dias é em um bar de karaokê que Retsuko libera todas as suas emoções de modo extremamente inusitado: cantando death metal.

Como consultora financeira, admito que minha identificação com a Retsuko foi praticamente imediata no quesito carga de trabalho extenuante. O design um tanto paradoxal considerando tratar-se de uma obra voltada a adultos (animais antropomórficos) somado ao paradoxo de termos uma personagem tão simultaneamente fofa, azarada, atrapalhada e irada, o que sempre me levou a longas crises de riso, foi o que realmente me cativou na obra. É simplesmente impossível não torcer para que Retsuko consiga ter sucesso nos diferentes aspectos de sua vida.

AggretsukoA primeira temporada foca na vida profissional de Retsuko e em sua relação com seus colegas de trabalho. Haida, o eterno apaixonado pela protagonista; Fenneko, a best friend do escritório, sempre muito desconfiada e investigativa; Tsunoda, a saliente; Sra. Kabae, a fofoqueira; Gori, a diretora de markting; Washimi, secretária do presidente; e Ton, o chefe “porco chauvinista desperdício de carne” sempre disposto a humilhar Retsuko por qualquer mínimo erro cometido.  Já a segunda temporada, lançada em 2019, atribuiu maior destaque à vida amorosa de Retsuko, com sua mãe tentando-lhe um casamento arrajando e, mais adiante, sua relação com o mega empresário Tadano. Confesso que achei a segunda temporada demasiado morna comparada à primeira e até fiquei triste pelo rumo tomado pela série, porém esperançosa de uma terceira temporada capaz de voltar a me empolgar.

Bem, a terceira temporada não decepcionou! Logo no primeiro minuto nós nos deparamos com uma Retsuko completamente viciada em um jogo de romance virtual, o qual a levou praticamente à bancarrota. Sem coragem de contar o ocorrido a nenhuma pessoa próxima e menos ainda de pedir ajuda, Retsuko desespera-se mais a cada dia, sem conseguir pensar em nenhuma solução. Não bastasse isso, a panda vermelha ainda bate um carro alugado a um outro carro, o que a leva a conhecer o misterioso Sr. Hyodo e a partir daí todo o inusitado e divertido enredo da terceira temporada é desenrolado. Um trabalho secundário não-remunerado como contadora (e faz tudo) de um grupo de idols underground (OTMgirls), estafa, uma pequena ajuda motivacional, trabalho duro nas duas frentes, um canal no youtube ensinando a voz de death metal, sucesso inesperado, um possível amor para Haida, um fã psicopata.

Após um conturbado, porém divertido desenvolvimento, incluindo momentos de tensão nunca apresentados em momentos anteriores da série animada, pode-se dizer que o desfecho da temporada foi agridoce. Ao mesmo tempo em que uma pontada de tristeza bate quando Retsuko toma uma certa decisão, é maravilhoso ver a protagonista sorrindo outra vez. Portanto, se você, como eu, riu e chorou de rir e/ou se identificou com a realidade da querida Retsuko nas duas primeiras temporadas, não deixe de assistir a recém-estreada terceira temporada de Aggretsuko na Netflix! 

1

Comente!

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.